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segunda-feira, 24 de julho de 2017

A sinestesia deste afeto

Tem tantas coisas que eu deveria Fazer
Tem tantas coisas que eu queria Ser
Tem tantas coisas que eu queria Mudar 
Tem tantas coisas que eu deveria Apagar

Mas, nada supera essa paixão louca que sinto por você
Nem todos os defeitos e imperfeições
Nem toda indiferença ou contradição 
Nem o fato de você não ter afeto por mim  

A sinestesia deste afeto
que perdeu seu significado 
quando em parte de nós ficou gravado
um desejo proibido 

Comigo ou sem mim
Mesmo estando perto sem ti
Não devo desistir de mim
Não posso esperar o seu mover
Agora preciso me restabelecer 

E me encontrar com os fragmentos daquilo que me restou dos teus sorrisos!

Então, deixe-me ver

Então, deixe-me ver
Ver além dos meus porquês
Ver que não consigo ser você
Muito menos minhas meras ilusões

Então, deixe-me ver
Ver além das projeções
Ver além das emoções 
Ver como alguém que já se viu

Então, deixe-me ver
Ser além de um simples ser
Ou ainda querer viver
Uma mascara desmedida

Então, deixe-me viver
Ser e Ter
Só não me deixe sair daqui sem tocar os lábios teus.

Francyelly Felix
DSH

domingo, 21 de maio de 2017

Luta contra o Abuso e a Exploração Sexual


Se é difícil falar imagina expressar
Esconder no olhar a dor e no sorriso ter que expressar amor
Por aquele que só me faz chorar  
Já parou pra pensar,
Expressar é como se me fizesse relembrar
De que já não sou mais eu mesma  
Ter que ir dormir mulher e acordar cheia de incertezas
Onde está a menina que habitava em mim?

Se é difícil falar, imagina sentir
Sentir nojo do seu corpo, sentir medo de sentir
Ter sua infância rompida por ameaças sombrias
Daquele que deveria me proteger  
Perder, viver, agora pra mim tanto faz
Se já não tenho a inocência do sorriso
Então o que preciso mais?

Talvez eu tenha medo
Talvez eu guarde alguns segredos
Talvez eu tenha que mentir

Será que você pode ser meu ombro amigo?
Ou você só pensa no seu umbigo?
Talvez eu não saiba pra quem contar!
Se pelo menos eu tivesse um amigo
Que servisse de abrigo
Eu conseguiria voar

Seja você a minha fala
Já não consigo ser essa mala
Cheia de tristeza e sofrimento
Me ajude a dar o primeiro passo
Pois, eu já não sei o que faço

Só sei que não quero está mais aqui!

segunda-feira, 27 de março de 2017

Ei menina, por que tanto medo de sentir?



Ei menina, por que tanto medo de sentir?
Ei menina, não tenha medo de existir
Ei menina, se o mundo te cobra perfeição estenda-lhe as mãos e o convide a sorrir
Ei menina, não se esquive! Você não precisa partir
Se o seu medo é o toque
Não se esqueça que é no toque do olhar que você revela sua essência
Ei menina, o que tem por trás de tanta indiferença?
Chego a pensar que um dia você já sentiu tanto que agora tanto faz!
Ei menina, você não precisa se cobrar tanto! Você nunca será boa o suficiente para suas próprias cobranças
Ei menina, que se esconde entremeio aos livros dá-me um sorriso que não seja de pesar!
Ei menina, agora já te vejo mais de perto já capturo teu olhar
Ei menina, se encontre com sua outra menina e comece a sonhar
E, não tenha medo de sentir
Dor/Raiva/Medo/Desprezo/Amor/Paixão
Não tenha medo de sentir-se não tenha medo de tocar-se

E logo você descobrirá que a perfeição estava ali o tempo todo só você não viu!  

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Lagarta ou Borboleta?


Lagarta ou Borboleta?
Olha eu aqui nessa eterna contradição
Uma hora tão segura de mim,
Outras tantas já nem sei quem sou

Uma lagarta muito esperta, nem precisa chamar atenção!
Outras tantas, Borboleta esperando que lhes segurem a mão

Sabe? ando tão atônita tenho tentado mudar
Deixar de ser uma simples lagarta
E realmente me transformar  

Mas, o medo me apavora
Estou tentando não me enclausurar
Nessa eterna capsula
Que insisti em me emaranhar

Tudo poderia ser mais simples
Acordar num belo dia com um fabuloso par de asas
Mas essa história de metamorfose
Chega até me dar náuseas

Despir-me de mim mesma
Entrar em contato com a dor
Não ter vergonha de chorar
E nem tão pouco de sentir o amor

Tenho tentado ser mais eu
Mas, parece que não tem dado tão certo!
Sinto-me cada vez mais decepcionada  
Incapaz de me ver além da dor

Me diga! Lagarta ou Borboleta?
Qual dessas sofre mais?
Dependendo do tamanho da dor
Prefiro nem existir mais!

Me viro ao avesso na melhor das intenções
Tentando encontrar a saída
Desta terrível solidão   
Se é em vão não sei, só sei que queria entender

Lagarta ou Borboleta qual destes eu devo ser?
Não sei se estou preparada para mudanças
Mas, não aguento essa solidão
Desprender-me de mim mesma isso me fará melhor?

Não sei, Lagarta ou Borboleta
Me sinto um pouco Bipolar
Uma hora amando a dor

Outra hora querendo ser mais leve pra sonhar!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Por que me perguntas sobre o que escrevo?

Entre o dito e o não dito
Existem mais que mil palavras
Não toque no meu sorriso 
Porque se não me desfaleço em lágrimas 

Por que me perguntas sobre o que escrevo?
Então, agora as minhas palavras buscam ser decodificadas por ti? 

Não posso mentir nem muito menos fingir 
Essa com certeza não é a melhor solução 
Mas, preciso ir embora agora
ou meu horário te incomoda? 
Não quero falar sobre mim não!

Tenho tido novamente medo de me perder 
Mas, meu tempo é muito corrido para que de mim passes desapercebido
Descobri que há tanto tempo
O tempo tem me feito refém de mim!

Então, quando fores perguntar de que forma gasto meu tempo
ou como lido com meu sofrimento 
Me deixes aqui no cantinho, quero me sentir sozinho
E depois escrever sobre os meus medos bobos
Que só passam a medida que acaba a tinta da minha caneta ou as lágrimas da minh'alma!