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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Eu aprendi!

Eu aprendi que um verdadeiro encontro requer um despojar-se de si mesmo a ponto de conhecer o outro à medida que ele se mostra
Aprendi que as vezes o nosso sorriso pode trazer esperança para uma alma solitária
Eu aprendi que a maior dificuldade estar em deixar o nosso monótono cotidiano para encontrar-se com a tristeza do outro
E que isso não me faz melhor, mas me faz igual
Um ser que cuida e que é cuidado
Aprendi que o maior problema não é superar o vício, mas é olhar-se o maior profundo e catar os cacos do coração
Eu aprendi que não há orgulho maior que a força da voz dos nossos amigos
Aprendi que não é vergonhoso voltar atrás
E que uma queda não representa o fim
Aprendi que um sorriso pode esconder uma lágrima, mas que já mais vai calar um coração
Eu aprendi que os nossos ídolos têm mais de nós do que imaginamos
E que as vezes nos vestimos de personagens para não encarar as nossas dores
Aprendi que todos os dias temos que saber lidar com o luto, seja do que partiu ou
dos projetos frustrados
Aprendi que um “Estou bem” quase nunca representa a verdade

E que o verdadeiro conhecimento do nosso estado de espirito está na sutileza do nosso olhar
Aprendi que pessoas caladas sentem tanto que as vezes lhes faltam até as palavras
Eu aprendi que as vezes o que julgamos ser um sentimento de amor não passa de gratidão, pôr o ter acolhido em meio a dor
Eu aprendi que a palavra “aprender” pode significar tudo e nada ao mesmo tempo
Aprendi a ser mais sensível diante das fragilidades do outro e ser paciente para cura-las
Eu aprendi que as nossas feridas podem servir para ajudar os outros
Aprendi que os momentos especiais não desaparecem em meio as tribulações e que eles estão aguardando o tempo certo para recorda-los
Eu aprendi que é muito doloroso pedir perdão, mas que sentir-se perdoado é infinitamente mais complicado
Aprendi que a convivência passa a ser cada vez mais difícil a medida que construímos muros com medo de mostrar nosso coração
Eu aprendi que uma tatuagem na pele as vezes representa aquilo que gostaríamos de tatuar no coração
Aprendi que o Plano A, B e C não são suficientes no encontro com o outro
Eu Aprendi a dar espaço ao acaso
Aprendi que o melhor encontro é aquele que encontramos nós mesmo
Eu aprendi que existem amarras das quais não estamos preparados para rompe-las
Aprendi que tem gavetas que estão cheias de tanto vazios e que imploram por atenção
Eu aprendi que o conflito é a melhor forma de resolver as nossas indiferenças e que por mais doloroso que seja nos faz crescer em meio ao caos
Eu aprendi que ser observador é só mais uma forma de evitar a dor... 

Francyelly Felix
DSH