Á vejo como alguém sem lugar
Sinto-a como se nela não houvesse chão
Sua respiração parece barrada por grãos
Em relação a sua pele, não posso falar
Ela se dilui com um simples toque
O seu coração nasceu com defeito
Metade é amor, e a outra um simples vazio
que paira sobre a solidão da lida
Adorava olhar as estrelas, mas incomodava-se
com as luzes superficiais que barravam sua grandeza
Irritava-se com a falta de amor
Em contrapartida nunca descobriu como amar
Seu jeito organizado de escrever
Em letras garrafais
Escondia a desorganização da sua mente
Não tem noção do espaço
e sempre temeu o tempo
Incontáveis circunstancias á vi perdida em si mesma
como uma estranha
Seus olhos revelavam sua existência
que com lagrimas lavava seu coração
O seu sorriso escondia um segredo
que nem com reticencias poderia explicar!